Começa a modalidade conhecida como "atirar nomes ao calhas a ver se acertamos em alguém"

 


Falta mais de um mês para a abertura do mercado de transferências e os nomes de potenciais reforços para o Benfica não param de aparecer nos jornais.

Está oficialmente aberta a época do desporto mais popular entre os "junta letras" portugueses. O "atirar nomes ao calhas a ver se acerto e sou promovido e deixo de trabalhar a recibos", um nome um pouco comprido, que muitos chamam de "vender nomes".

De há uns anos a esta parte não têm acertado muito (bom trabalho da direção nesse sentido ao conseguir bloquear a informação), mas é notório que o alvo é sempre o mesmo, o Sport Lisboa e Benfica.

Com que objectivo? Não sei ao certo, mas certamente que para um jogador estar todos os dias a ver jogadores serem apontados ao clube que representam, pode, em alguns casos, reduzir os níveis de confiança.

Curiosamente para os outros candidatos não se falam de nomes, e isto poderá ser por uma de três razões:

- O Benfica vende mais (esta é certa, uma notícia que inclua o nome Benfica vende muito mais que uma que tenha outros nomes porque à partida há logo 6 milhões de pessoas que não se interessam).

- As notícias são plantadas pelos cartilheiros do costume (muitos nomes são enviados para os jornais por colaboradores ligados às estruturas dos rivais, e entre eles só há um alvo a abater...).

- Falta de rigor (com a chegada dos meios online as notícias tornara-se muito mais efémeras, o que leva à necessidade de mais conteúdos, que por sua vez leva à falta de rigor e de investigação. Deixou de haver o trabalho do jornalista que confirma os nomes soprados pelas suas fontes, por mais duvidosas que sejam).

Irei fazer brevemente um post com a comparação do trabalho jornalístico ao longo das décadas, para que se tenha uma noção mais exacta do quanto o mundo jornalístico tem perdido ao longo do tempo.

Já lá vai o tempo em que o que se lia n'A Bola era fidedigno... hoje são só letras... virtuais.

HBarreiros

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