Craque ou Traque? - Marcelo Cipriano

Muitos de vós estarão, neste momento, a pensar... Quem?!

Marcelo Cipriano foi jogador do Benfica na época 95/96.

Veio do Tirsense onde tinha feito 19 golos em 35 jogos na época anterior. Possante, 1,85m e 80kg, Marcelo conseguia aliar uma incrível falta de jeito a jogar com os pés (o que, parecendo que não, é tramado quando és jogador de futebol profissional), a uma capacidade estrondosa, quase "Jardélica", a jogar de cabeça.

O primeiro golo que me vem à memória, assim que penso em Marcelo, é um contra o V. Guimarães em que há um cruzamento da direita para o centro da área e a bola quase a tocar no chão é cabeceada (leram bem, cabeceada) por Marcelo.

Ninguém me tira da cabeça que o seu pensamento terá sido mais ou menos este, no momento em que viu o cruzamento:

"Boa! Vem aí um cruzamento! Ah bolas! Vem baixo. Não vou conseguir cabecear... Vou encostar com o pé... Não! Vou falhar. Que se lixe! Vou de cabeça! GOLO!"

Para que possam fazer o Karaoke Visual cá está o lance:


Marcelo era tosco? Era. Tinha qualidade para o Benfica? Provavelmente não. Mas fazendo uma breve análise aos números de Marcelo no Benfica temos 39 jogos / 13 Golos. 1 golo a cada 3 jogos. Nada mau, considerando que, ainda hoje, é recordado como um dos maiores flops da história do clube. Nessa época foi ainda o melhor marcador da Taça de Portugal com 5 golos, tendo sido muito importante na caminhada até à final.

Estávamos numa altura em que os jogadores do Benfica não tinham tempo para adaptações. Vinham todas as épocas camiões com 20 jogadores. Marcelo, na época seguinte, foi dispensado por Paulo Autuori que preferiu ir buscar Martin Pringle, que em 2 anos e meio de Benfica fez 55 jogos e 8 golos... Se calhar...

HBarreiros

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