Barreiros e o Benfica

Sigo o Benfica desde pequeno.
Sei a História, conheço os jogadores, mesmo aqueles que jogaram muitos anos antes de eu nascer.
Interesso-me por cada detalhe da vida desta instituição. 

Porque mais que um clube. O Benfica é vida e História.

Quando em criança me ofereceram um galhardete do Benfica soube que estava apanhado para o resto da vida. Depois foi só trabalho de manutenção (muito bem feito, diga-se), do meu pai.

Porque para além de vida e História, o Benfica é herança.

Sei, agora que sou pai, o que é pegar nas mãos dos meus filhos, (como o tal galhardete me pegou a mim), e ensinar-lhes o que é o Benfica. Explicar-lhes (porque o sentimento não se ensina), aquilo que me acompanha diariamente, que faz com que ande sempre meio desacordado por estar a pensar que equipa vai entrar de início no domingo, ou que aquele passe do jogador “X” deveria ter sido feito para o “Y” que estava claramente mais bem posicionado que o “Z”! (Como é possível que ele não tenha visto, se eu que estou cá tão longe vi!).
Explicar-lhes que cada vez que a bola entra na baliza adversária fico tão contente que era capaz de correr desde casa até ao estádio só para abraçar o autor do golo (ainda que seja o mesmo jogador a quem momentos antes tinha chamado todos os nomes que não se podem dizer), mas que bom mesmo é estar lá, na Catedral e abraçar pessoas que nem conhecemos mas que partilham do mesmo sentimento que nós. Também eles passam os dias desacordados a sonhar com aquele preciso momento.

Porque para além de vida, História e herança, o Benfica é partilha e sonho.

Não consigo explicar (os sentimentos não se explicam), o que sinto quando penso no Benfica. Limito-me a sentir. Quase como um adolescente que nutre um amor platónico por uma qualquer estrela inatingível. Ser do Benfica é estar permanentemente apaixonado.

 Porque para além de vida, História, herança, partilha e sonho, o Benfica é amor. O Benfica é paixão!

HBarreiros

oquedizbarreiros@gmail.com


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